segunda-feira, 6 de outubro de 2008

NÃO ME DEIXE MAIS

É sugerido ler esse texto ao som de I REMEMBER - Damien Rice, ver vídeo fim da página.

Estou há algum tempo fazendo terapia. Havia me questionado por várias vezes, sobre a necessidade disso, como funcionaria, se é que poderia positivar algo. Amigos pobres se resolviam instantâneamente, aos tapas, trancos e barrancos, amigos ricos tinham psicologos, eu... no limiar das estórias.


Então vieram as dúvidas, as incertezas, as cobranças, a fraqueza, impossibilidades, medos, paralisia, ausência, perdas, insucessos, solidão, vazio, tristeza, angústia, falta de sono, o esvair de uma dedicação de mais de 15 anos jamais aniversariados.


Chegou a hora de procurar alguém pra ajudar a resolver, um amigo na mesa de botequim não mais ajuda, preciso de ajuda, preciso simplificar, preciso de alguém que possa me mostrar caminhos. A surpresa veio junto a um emaranhado de informações, como chegar a algum lugar meio a uma biblioteca desabando sobre seu corpo e mente? A resposta está em procurar uma escada para subir diante de uma maturidade e arrumar livro a livro, cada um na sua digna prateleira, processo lento, conturbado e por vezes até prazeroso, que me faz prender a cada capa de um livro, que é meu, que sou eu, foleando algumas lembradas páginas, outras esquecidas e irracionalizadas.


Pensar hoje no que já se foi feito, no que já se perdeu, fazendo uma grande referencia ao estar mais perto de se perder pessoas próximas, e não sei se vou aguentar!!! Ser é uma questão ambígua, ter coragem, ter sonhos, esperanças, pessoas amadas e amantes. Amor, que palavra tal para uma desconexão, caminho ao desencontro. Trago em mim um gosto amargo de sangue seco jamais degustado. Pretendo...


Palavras sotas ao ar, pairam e ajustam-se, vezes umas as outras, vezes soltas, independentes como alguém que busca uma liberdade em(in) condicional. Perfeitas são as palavras que sabem ser ditas, as que sabem unir-se, ainda temos em grande escala aquelas palavras que soam em prol de um(in) consciente. "Não me deixe mais", essas últimas foram se adequando a um sentimento que clama a companhia, elas foram organicamente organizadas.

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